Olá, nesse post iremos começar a
apresentar as resoluções dos exercícios de revisão do capítulo 6
“Estática dos Fluidos”. O principal assunto a ser tratado nessa
atividade é hidrostática
(ramo da física que estuda a força exercida por e sobre líquidos em repouso), também vamos
trabalhar com pressão, densidade, empuxo e alguns outros assuntos
inseridos em hidrostática. Vamos ao trabalho!!

Antes de começarmos, aqui estão algumas
fórmulas que poderão ser úteis na resolução das questões:
densidade = massa/volume
pressão = força/área
pressãoh
=
profundidade*densidade*gravidade
pressãototal
= pressãoatm
+ pressãoh
empuxo = densidadefluido*volumefluido
deslocado*gravidade
empuxo = massafluido
deslocado * gravidade
Questão 1. Analise
as afirmações abaixo e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas
(F):
a) “A
pressão atmosférica é infinita”.
A pressão assume um determinado valor que
depende da gravidade do local, e sabemos que não existe gravidade
infinita, portanto, esta é uma sentença falsa.
b) “Ao
descer para o litoral, a pressão atmosférica aumenta”.
Quanto mais profundo o local maior é a
pressão atmosférica, pois a gravidade é relativamente maior em
lugares mais baixos (já que são mais próximos do centro da Terra)
e as partículas do ar são mais próximas umas das outras, fazendo
com que a pressão atmosférica aumente. Essa é uma afirmação
verdadeira.
c) “Um
mergulhador a 10 m de profundidade, sofre apenas a pressão exercida
pela água do mar”.
Quando estamos de baixo da água sofremos,
sim, a pressão exercida pela mesma (pressão hidrostática), porém
a água também está sofrendo a pressão exercida pelo ar (pressão
atmosférica); portanto, o mergulhador está sofrendo a pressão
exercida pela água do mar e pelo ar, essa afirmação é falsa.
d) “À
medida que uma nave espacial aumenta a sua distância em relação à
superfície da Terra, a pressão atmosférica diminui”.
Já vimos que a pressão atmosférica
depende de alguns fatores, incluindo a gravidade. Quando mais uma
nave espacial se distancia do centro da Terra menor é a gravidade no
local e com isso, menor a pressão. Essa é uma sentença verdadeira.
Questão 2. Uma
piscina retangular possui 4 m de largura, 5 m de comprimento e 3 m de
profundidade. Determine:
a) A pressão da água no fundo da piscina.
b) A pressão total no fundo da piscina.
c) A força exercida pela água.
Dados: g = 10N/kg; dágua
= 1,0*103 N/m3
Para resolver essa questão será
necessário apenas o uso de algumas fórmulas apresentadas no início
do post. Letra “a”:
Para calcular a pressão da água no fundo
da piscina iremos utilizar a seguinte fórmula: ph
= h*d*g.
Substituindo os valores na equação: ph
= 3*(1,0*103)*10.
ph
= 3000 = 3*104.
Resposta: 3*104
N/m2.
Já encontramos o valor da pressão
hidrostática nessa piscina, o que será necessário para resolver a
próxima questão. Letra “b”:
Para calcular a pressão total no fundo da
piscina (ou em qualquer ou lugar) temos a fórmula: ptotal
= patm
+ ph.
A pressão atmosférica ao nível do mar é
igual a 1,0*105
N/m2,
para encontrar o valor da pressão total no fundo da piscina
precisamos apenas somar os valores da pressão hidrostática e
pressão atmosférica. Substituindo esses valores na equação a
cima: ptotal =
1,0*105
+ 3*104.
Resolvendo matematicamente:
ptotal
= 3*104
+ 10*104
= 13*104
= 1,3*105.
Resposta: 1,3*105
N/m2.
Letra “c”. Agora vamos encontrar o
valor da força exercida pela água, e para isso temos a seguinte
fórmula: pressão = força/área.
Já temos o valor da pressão hidrostática
nessa piscina, e também temos as informações necessárias para
encontrar a área (largura e comprimento). Área da piscina: 5*4 = 20
m2.
Aplicando os valores à equação: 3*104
= F/20
F = 3*104
* 20 = 6*105.
Resposta: 6*105
N.
Questão 3. Em
uma prensa hidráulica cilíndrica a seção reta do êmbolo menor
tem raio igual a 10 cm e a maior, 70 cm. Quando o êmbolo maior subir
1,5 m, qual será o deslocamento do êmbolo menor? Use π = 3.
Para saber o deslocamento do êmbolo menor
temos que, primeiramente, saber quantas vezes o êmbolo maior é
maior do que o menor êmbolo. Para encontrar esse valor temos que
calcular a razão entre a área do êmbolo maior pela área do êmbolo
menor. Área do círculo: π*r2.
Área do êmbolo menor: 3*102
= 3*100 = 300 cm2
= 3 m2.
Área do êmbolo maior: 3*702
= 3*4900 = 14700 cm2
= 147 m2.
Temos os valores das áreas dos dois
êmbolos, sendo assim, a razão entre as áreas dos êmbolos maior e
menor é igual a: 147/3 = 49.
Deslocamento do êmbolo menor: 49*1,5 =
73,5 m.
Resposta: 73,5 m.
Questão 4. Uma
esfera presa a um dinamômetro desloca um cursor até a marca de 50
N. Quando a esfera é mergulhada em um líquido, a marca é reduzida
em 20%. Qual é o valor do empuxo aplicado pelo líquido sobre a
esfera?
Sabemos que o valor do empuxo é igual a
massa do fluido deslocado multiplicado pela gravidade no local, que é
igual ao peso do fluido deslocado. Vamos calcular agora o módulo do
empuxo, que é igual a força que a água aplicou ao objeto para que
o dinamômetro apontasse um novo valor, ou seja, o quanto a marca foi
reduzida: 20% * 50 = 10 N.
Resposta: 10 N.
Questão 5. Em
um tonel foram colocados 1000 L de óleo de soja e 1000 L de água,
que juntos formam uma coluna de 40 m. Sabendo que os líquidos são
imiscíveis, determine (dados: densidade da água = 1,0 * 103
kg/m3;
densidade do óleo de soja = 0,9 * 103
kg/m2;
pressão atmosférica a nível do mar = 1 * 105
N/m2):
a) O
líquido que ficará na parte inferior da coluna.
O líquido com a maior densidade será
aquele que ficará no fundo do recipiente, nesse caso, a água.
b) A
pressão hidrostática em um ponto situado ao fundo do recipiente.
Para resolver essa questão devemos
calcular os valores das pressões dos dois fluidos (água e óleo) e
então somá-las. Como vimos mais acima a pressão hidrostática é
calculada pelo produto de profundidade, densidade e gravidade: ph
= h * d * g.
Foi despejada a mesma quantidade de água e
óleo no tonel, portanto, devemos admitir que uma coluna de 40 m,
cada um dos líquidos assuma o valor de profundidade de 20 m.
Substituindo os valores na equação:
págua
= 20 * (1,0*103)
* 10
págua
= 20 * 103
* 10 = 2,0 * 105
N/m2.
póleo
= 20 * (0,9*103)
* 10
póleo
= 18 * 103
* 10 = 1,8 * 105
N/m2.
Finalmente, para encontrar o valor total da
pressão hidrostática situada em um ponto no fundo do recipiente,
devemos somar os valores das pressões dos fluidos encontrados logo
acima.
ph
= 2,0 * 103 +
1,8 * 103 =
3,8 * 105
N/m2.
Resposta: 3,8 * 105
N/m2.
c) A
pressão em um ponto situado entre os dois líquidos.
Um ponto situado entre os dois líquidos
seria qualquer ponto entre a água e o óleo, e esse ponto sofreria
apenas a pressão hidrostática exercida pelo óleo, pois a água não
iria influenciar nesse caso. Como vimos no quesito anterior a pressão
do óleo de soja é igual a 1,8 * 105
N/m2,
e essa é a pressão hidrostática em qualquer ponto situado entre os
dois líquidos.
Resposta: 1,8 * 105
N/m2.
d) A
pressão em um ponto situado entre o líquido e o ar.
Esse quesito é bem simples de ser
resolvido, a pressão em qualquer ponto situado entre o líquido e o
ar equivale à pressão atmosférica (não sofre influências dos
fluidos), que é igual a: 1 * 105
N/m2.
Resposta: 1 * 105
N/m2.
e) A
pressão total no fundo do recipiente, ao nível do mar.
A pressão total nessa questão refere-se
ao resultado da soma entre a pressão hidrostática no fundo do tonel
e a pressão atmosférica. Já temos os valores das pressões então
tudo o que se tem a fazer agora é somar:
ptotal
= ph
+ patm.
Ptotal
= 3,8 * 105
+ 1 * 105
= 4,8 * 105
N/m2.
Resposta: 4,8 * 105
N/m2.
Questão 6. Se
o tonel do exercício anterior for colocado no topo de uma montanha,
cuja pressão atmosférica corresponde à metade da pressão
atmosférica no nível do mar, qual a pressão total no fundo do
recipiente?
Resolver essa questão será bem simples,
pois já temos os valores que precisamos para fazer os cálculos. A
pressão atmosférica ao nível do mar é igual a 1 * 105
N/m2,
isso significa que o valor que usaremos
nessa questão é (metade da pressão atmosférica ao nível do mar):
0,5 * 105
N/m2.
Agora o que devemos fazer é somar a
pressão hidrostática no fundo do recipiente com a nossa nova
pressão atmosférica, sendo assim:
ptotal
= 3,8 * 105
+ 0,5 * 105
= 4,3 * 105
N/m2.
Reposta: 4,3 * 105
N/m2.
Questão 7. Uma
aliança foi vendida como sendo de ouro puro e tem peso igual a 1,5
N. Suspeitando que ela pudesse conter uma porcentagem de prata, um
ourives colocou-a em um recipiente contendo água e seu peso passou a
1,4 N. Considerando as densidades do ouro e da prata respectivamente
19,3 * 103
kg/m3
e 10,5 * 103
kg/m3,
o que podemos afirmar?
Essa
talvez seja a questão mais complicada desse post, mas não é nada
que um pouco de atenção e raciocínio não resolvam. Para começar
a resolução vamos tentar conseguir o máximo de informações
possíveis sobre o metal a partir do que nos foi dado na questão.
Considerando gravidade igual a 10 N/kg:
Peso =
1,5 N.
Massa =
1,5/10 = 0,15 kg.
Expuxo =
Pesoinicial
- Pesofinal
=
1,5 - 1,4 = 0,1 N.
Conseguimos
essas três informações pelo que nos foi dado na questão e isso
nos será muito importante para dar continuidade à resolução.
Temos que empuxo é igual à densidade do fluido vezes volume fluido
deslocado (que é igual ao volume do objeto em questão) vezes
gravidade. Sabemos o valor do empuxo (0,1 N), a densidade da água
(1,0 * 103
kg/m3)
e a gravidade da Terra (10 N/kg), com essas três informações
poderemos chegar ao valor do volume da
aliança
com a seguinte equação: empuxo = densidadefluido
* volumefluido
deslocado
* gravidade.
Aplicando
os valores na fórmula: 0,1 = (1,0*103)
* V * 10.
V =
0,1/(1,0*103)
* 10
V =
0,1/104
V = 1,0 *
10-5
m2
Agora que
temos o volume do objeto é só calcular o valor da densidade
(massa/volume) e então comparar com a densidade do ouro para ver se
o material é feito de ouro puro.
D =
0,15/1,0 * 10-5
=
15 * 103
kg/m2.
Encontramos
a densidade da aliança, e comparando com a informação dada no
enunciado da questão podemos observar que o material não é
realmente feito de ouro puro.
Reposta:
A aliança não era feita de ouro puro, pois sua densidade é menor
que a do ouro.
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